segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Britânicos descobrem como reagir à esclerose múltipla

A doença pode causar até paralisia

Estudos britânicos descobriram uma maneira para estimular o sistema nervoso a reagir nos casos de esclerose múltipla. A doença neurológica crônica destrói a mielina, uma camada que isola as fibras do sistema nervoso central, causando visão embaçada, perda de equilíbrio e até paralisia. A pesquisa, testada em ratos, pode ajudar as células-tronco a reparar, no cérebro, a camada de mielina necessária para proteger as fibras nervosas.

Segundo cientistas, mais de 85% dos casos, os pacientes têm esclerose múltipla chamada de recaída/remissão, são como crises que incapacitam a pessoa, são seguidas de uma recuperação de um nível da função física perdida. Nessa forma da doença, parece haver um reparo natural da mielina.

A notícia é animadora para as instituições que
tem trabalho focado no tratamento da esclerose
Outros 10% das pessoas possuem a forma progressiva da esclerose múltipla, essa a mais grave, não existe um período de recuperação. E todos esses grupos estão vulneráveis a desenvolver a chamada esclerose múltipla progressiva secundária, que afeta o paciente da mesma forma que a progressiva.

Segundo pesquisadores, a perda da camada de mielina funciona como um isolamento, danificando as fibras nervosas do cérebro. Entretanto, são as fibras a parte mais importante, já que enviam mensagens para outras partes do corpo. Com a pesquisa, que identificou a forma para estas fibras regenerarem, o resultado pode fazer com que as células-tronco do cérebro melhorem sua capacidade de regeneração da mielina.

Agora, os cientistas esperam poder ajudar a identificar novos medicamentos que estimulem o reparo da mielina nos pacientes que sofrem com a doença. “O ácido 9 cis retinoico atuando sobre receptores específicos de células chamadas oligodendrócitos, que possuem a capacidade de remielinização, estimulou a formação de nova bainha de mielina nos neurônios afetados pela esclerose múltipla”, explica o farmacêutico, Ronaldo de Jesus Costa, tutor do Portal Educação.

De acordo com Costa, é bem verdade que o modelo foi testado em ratos, mas indicam uma possibilidade muito grande de desenvolvimento de novas drogas. “Assim vão estimular esses mesmos receptores em humanos, revertendo efeitos causados pela esclerose”, concluiu o tutor.

As Instituições que tem trabalho focado no tratamento de esclerose múltipla, afirmaram que, apesar de ser uma notícia animadora, ainda serão necessários alguns anos antes de um tratamento ser desenvolvido.

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