domingo, 21 de novembro de 2010

Uso de anabolizantes pode causar ginecomastia

O peitoral é uma das partes do corpo masculino mais admirado pelas mulheres, ainda mais se for bem definido. Porém, muitos homens sofrem com a ginecomastia, problema que, segundo estimativas, atinge cerca de 40% das pessoas do sexo masculino. De acordo com o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a ginecomastia é caracterizada pelo desenvolvimento excessivo das glândulas mamárias.

O crescimento em demasia da mama masculina é atribuído ao desequilíbrio dos hormônios sexuais – que acontece principalmente na fase da adolescência -, uso de esteróides e anabolizantes, diminuição na produção de testosterona no organismo, doenças crônicas nos rins e no fígado, causas genéticas, aumento do tecido gorduroso da região devido ao excesso de peso, uso de drogas antagonistas do andrógeno como a cimetidina para o estômago, espironolactona, flutamida, acetato de ciproterona, e até a maconha, temos também algumas medicações como a digoxina para o coração, tumor de testículo e de hipófise e até doença na tireoide como o hipotireoidismo.

“Nos homens o órgão não tem função alguma e é como se fosse um resquício da fase embrionária”, explica o médico. Lembra também que a masturbação não causa ginecomastia, pois esta é uma questão frequentemente perguntada no consultório afirma Dr Pacheco.

A ginecomastia pode causar problemas psicológicos e emocionais, já que o homem fica com vergonha de tirar a camisa na frente de outras pessoas ou se exclui do convívio social, pois em alguns casos é possível notar o problema mesmo por cima da roupa. O cirurgião aponta que o tecido da mama endurece após dois ou três anos do crescimento anormal e a única solução neste caso é recorrer ao bisturi. “A técnica cirúrgica é determinada de acordo com o tipo de ginecomastia. Pode ser feita mastectomia subcutânea, mastectomia subcutânea associada à lipoaspiração ou somente a lipoaspiração”, esclarece.

Dr. Pacheco explica que a mastectomia subcutânea consiste em retirar o excesso das glândulas através de uma incisão feita na aréola. Quando este procedimento é associado a lipoaspiração, primeiro é retirado o excesso de gordura e depois a glândula. “A lipoaspiração sem associação de outras técnicas é indicada para os casos em que o aumento das mamas é causado somente pelo excesso de gordura”, ressalta.

A anestesia pode ser geral, peridural com sedação ou ser feita apenas anestesia local, dependendo do caso. “A cirurgia dura cerca de uma hora e a cicatriz fica na região da aréola, entre a aréola e a pele, sendo pequena e discreta. No pós-operatório é recomendado o uso de uma cinta para compressão do peitoral durante 30 dias e drenagem linfática no local. Atividades físicas são liberadas somente após 60 dias”, acrescenta Pacheco. Dois meses após a cirurgia já se têm 80% da forma definitiva e o resultado final é visto entre seis meses e um ano depois da realização do procedimento.

Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)
Cirurgião Plástico
Fone: 41 3022-4646
Endereço: Rua Cândido Xavier, 232, Batel, Curitiba/PR

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