O princípio ativo da pomada é extraído da casca do barbatimão, planta comum no litoral brasileiro |
Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) acabam de desenvolver uma pomada para a cura das verrugas genitais, um dos sintomas mais desconfortáveis do HPV, o papiloma vírus humano. O registro da patente já está em andamento no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e nos EUA, com financiamento da FINEP, através da Chamada Pública PRO-INOVA, de apoio aos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs).
A pomada curou 100% dos pacientes submetidos ao tratamento da doença, no Hospital Universitário da Ufal. A novidade foi desenvolvida utilizando o extrato de um vegetal comum na flora do litoral brasileiro - o barbatimão. Segundo o professor Luiz Carlos Caetano, do Instituto de Química e Biotecnologia da Ufal, foi na Zona da Mata de Alagoas onde os pesquisadores encontraram a solução para o tratamento do HPV. “A pomada feita com o extrato das cascas do barbatimão mais comum na nossa região, deu o resultado mais eficaz no tratamento dos pacientes. Suas cascas têm coloração mais avermelhada do que as da planta encontrada na região Sudeste, por exemplo, e foi por ela que seguimos nossos estudos”, explicou Caetano. “Vale lembrar que as cascas do barbatimão são uma das mais comercializadas em feiras do mercado fitoterápico de Maceió, sendo utilizadas pela população como agente cicatrizante e anti-inflamatório”, acrescentou.
Durante cinco anos, 46 pacientes diagnosticados com alguns dos mais de 200 tipos do papiloma vírus foram acompanhados no Hospital Universitário. Todos eles passaram por um tratamento de dois meses, utilizando a pomada duas vezes por dia. O produto foi cedido aos voluntários pela equipe da pesquisa, financiada pelo Núcleo de Inovação Tecnológica da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (NIT/Propep) da Universidade.A pomada curou 100% dos pacientes submetidos ao tratamento da doença, no Hospital Universitário da Ufal. A novidade foi desenvolvida utilizando o extrato de um vegetal comum na flora do litoral brasileiro - o barbatimão. Segundo o professor Luiz Carlos Caetano, do Instituto de Química e Biotecnologia da Ufal, foi na Zona da Mata de Alagoas onde os pesquisadores encontraram a solução para o tratamento do HPV. “A pomada feita com o extrato das cascas do barbatimão mais comum na nossa região, deu o resultado mais eficaz no tratamento dos pacientes. Suas cascas têm coloração mais avermelhada do que as da planta encontrada na região Sudeste, por exemplo, e foi por ela que seguimos nossos estudos”, explicou Caetano. “Vale lembrar que as cascas do barbatimão são uma das mais comercializadas em feiras do mercado fitoterápico de Maceió, sendo utilizadas pela população como agente cicatrizante e anti-inflamatório”, acrescentou.
Há cerca de 15 anos desenvolvendo pesquisas químicas e biotecnológicas relacionadas ao barbatimão, o professor Luiz Carlos Caetano trabalhou em conjunto com o agrônomo Pedro Accioly, professor do Centro de Ciências Agrárias, e o biólogo Zenaldo Porfírio, docente do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde. Caetano revela que não imaginava alcançar o desenvolvimento de um produto de aplicação direta na área da saúde.
Foi a parceria com um médico, o professor Manoel Álvaro, que deu a medida certa para a descoberta do medicamento. A substância de origem vegetal age na desidratação das células infectadas, que secam, descamam e desaparecem. “Quando o produto chegar ao mercado será um divisor de águas, porque vamos oferecer um tratamento sem efeito colateral e que já nos abre os caminhos para as pesquisas em pacientes de risco, no combate ao câncer de colo do útero. Esse é o próximo passo”, explicou o professor Álvaro.
“Nós investimos em pesquisa e queremos o retorno para reinvestir em outros estudos científicos que beneficiam a população. Agora, estamos buscando parcerias com grandes laboratórios para comercializar o produto”, disse a coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica da Ufal, Sílvia Uchôa, ressaltando a satisfação do NIT em acreditar no potencial dos professores da instituição.
FINEP
(Com Assessoria de Imprensa da Ufal)
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