segunda-feira, 14 de março de 2011

Depressão pode ser curada com cirurgia pioneira

Será possível curar a depressão com cirurgia? Para pesquisadores da Universidade de Bristol, que submeteram uma paciente de 62 anos a um procedimento pioneiro de estimulação cerebral profunda, acreditam que sim.

A britânica Sheila Cook sofreu por quase uma década de depressão e recebeu a ajuda de médicos para evitar que o pior acontecesse na sua vida, já que os pensamentos suicidas eram frequentes.

Após uma recaída, paciente foi submetida a outra
cirurgia para inibir o funcionamento do cérebro
“A depressão é uma doença grave e compromete significativamente a vida do paciente quando é aguda”, explica a psicóloga do Portal Educação, Denise Marcon.
Os pesquisadores instalaram fios e eletrodos no cérebro por meio de furos abertos no crânio. Eles são ligados a uma bateria que envia pequenas quantidades de eletricidade para estimular ou inibir o funcionamento de áreas específicas do cérebro, responsáveis pelo controle das emoções.

Foram analisados os efeitos dos estímulos do cérebro, em duas áreas diferentes, e o resultado da primeira paciente a passar pela operação foi bom. Outras oito pacientes estão sendo analisadas. Segundo Sheila Cook, a vida começou a ter mais sentido após o procedimento. “Eu de repente acordei uma manhã e vi que me sentia diferente, que queria me levantar, queria fazer coisas. Minha visão sobre a vida mudou completamente”, disse ela.

De acordo com os médicos, a paciente teve uma recaída, após a melhora inicial. Foi nesse momento que os pesquisadores submeteram Cook a uma operação mais radical, numa técnica também pioneira, na qual uma área do cérebro foi danificada para inibir seu funcionamento. Segundo a equipe, será preciso desenvolver uma técnica de estimulação cerebral com efeito duradouro ou definitivo que evite a necessidade de novas operações.

“Este tipo de intervenção feita na paciente foi de muito sucesso e, com certeza, é um grande passo para devolver às pessoas que sofrem com a depressão a qualidade de vida e a vontade de viver novamente”, enfatiza a tutora do Portal Educação.

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