No Brasil, as doenças cardiovasculares em mulheres constituem a principal causa de mortalidade e a segunda causa de internação hospitalar |
"Este perfil de serviço de alta exigência foi assinalado por 21% das participantes. Curiosamente, além das hipertensas estarem em maior número neste grupo, também foi significativamente maior a presença - em diferença estatística de quase duas vezes - daquelas que não praticavam nenhuma atividade física, das que consumiam álcool de forma moderada ou alta, das fumantes e das com sobrepeso", lembrou Márcia.
Além disso, o apoio social no trabalho, a ocupação, o local de trabalho e o tempo em que se desempenhava a mesma função apresentaram interferência na prevalência da hipertensão arterial. "Essas mulheres são principalmente pardas ou negras e possuem menor escolaridade e renda, características associadas à maior chance de hipertensão arterial. Assim, torna-se necessário aprofundar as investigações que avaliem a participação conjunta dessas características no desenvolvimento da hipertensão arterial".
Ainda de acordo com Márcia, o aumento da participação feminina no mercado de trabalho e a carência de estudos sobre estresse no ambiente de trabalho e hipertensão arterial nessa população reforçam a importância da tese. "No Brasil, as doenças cardiovasculares em mulheres constituem a principal causa de mortalidade e a segunda causa de internação hospitalar. Dessa forma, os resultados dessa investigação apontam a necessidade de novas pesquisas sobre o mesmo tema, levando em consideração alguns aspectos que não puderam ser abordados na fase atual do estudo, além da necessidade de uma investigação longitudinal, na qual tanto o estresse no trabalho quanto outros momentos da vida feminina, além do profissional, possam ser considerados".
Agência Fiocruz
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