As pesquisas mais recentes atestaram que o ruído é um forte indício de risco de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes, as três doenças que mais ameaçam a vida das brasileiras.
“Como a pessoa fica sem respirar por alguns instantes diminui a oxigenação do organismo. Isso faz com a pressão arterial fique mais alta, aumentando os riscos de enfarte e AVC”, explica. “Outro problema é que, sem oxigênio, a produção de adrenalina também é super estimulada, o que aumenta a produção de glicose e, por consequência, o diabetes.”
Rached afirma que diversos estudos norte-americanos já confirmaram a relação entre apneia e complicações cardíacas. Um deles, feito por meio da análise de 1.000 atestados de óbitos, concluiu que o risco de morte cardiovascular era duplicado nos que sofriam agravos do sono. “Confirmamos o risco em um estudo feito no Incor. Analisaram 80 pacientes, metade com apneia, outra sem. Identificaram arritmia (batimentos irregulares do coração) em 30% dos pacientes com apneia e apenas em 6,25% nos que não tinham a queixa.”
Mulheres desavisadas
A responsável pelo Instituto de Medicina do Sono, Lia Bittencourt, explica que os sinais do problema são sonolência constante, hipertensão e cansaço, quase sempre negligenciados pelos pacientes e pelos médicos.
Obesidade e tratamento
O tratamento convencional é feito com a utilização de um aparelho chamado CPAP. É uma espécie de máscara, ligada a uma tubulação, que precisa ser usada toda noite. Como é muito grande e cara (entre R$ 1.500 e R$ 6.000) precisa de orientação médica constante para não ser descartada ou subutilizada pelo paciente.
“É preciso procurar ajuda do médico. Costumo dizer que morrer de vergonha do ronco é pior do que morrer por causa do ronco”.
Médico Cardiologista
CRM: 76.974
Graduação: Graduado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (1990).
Pós-graduação:Residência médica em Cardiologia Clínica pela Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficênica (1995), especialização em Ecocardiografia pela USP e em Ressonância Magnética Cardiovascular pela HCFMUSP. Estágio em ecocardiografia pela Univertisty of Alabama at Birmingham (EUA). Possui doutorado em ciências médicas pela Universidade de São Paulo. Membro titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Especialista em Cardiologia pela SBC e Radiologia pelo CBR.
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