sábado, 22 de outubro de 2011

Cuidados essenciais com a pele do pescoço

O envelhecimento da pele é causado principalmente pela idade, mas a exposição à radiação solar é um fator que contribui para o processo precoce de perda da elasticidade. “O primeiro fator de envelhecimento da pele é chamado de intrínseco e está atrelado à cronologia. Já o segundo, denominado extrínseco, está vinculado aos fatores ambientais, como exposição solar, fumo, vento e poluição”, explica a dermatologista Cristine Carvalho, diretora do CDE – Centro de Dermatologia e Estética.

Outro agravante que influi no processo de envelhecimento é a hereditariedade. A genética pode facilitar ou não o surgimento de sinais de expressão, manchas e alterações de textura. “Além do fototipo do paciente (cor da pele). Peles mais claras apresentam menor fotoproteção natural e sofrem mais com os danos extrínsecos, além de envelhecerem mais precocemente do que as peles mais escuras”, explica a dermatologista.

A pele do pescoço sofre com a ação do tempo tanto quanto a do rosto devido ao movimento constante a que é submetida. “Diferente da pele da face, a pele do pescoço é mais fina, delicada e pobre em lipídeos, o que caracteriza uma derme seca, menos resistente às agressões do meio externo e mais propensa à formação de rugas”, diz a dermatologista.

Para evitar o envelhecimento precoce do pescoço é fundamental a utilização de um bom creme hidratante, bem como a aplicação diária de um protetor solar, que evita a danificação das fibras dérmicas pela radiação do sol. São essas fibras que garantem a firmeza e a hidratação da pele. "O dermatologista é o profissional indicado para prescrever o produto ideal para cada tipo de pele”, informa Cristine Carvalho.

Outras formas de proteção também podem ser adotadas, visando à proteção da pele do pescoço, tais como: o uso de chapéus, roupas especiais – no caso de esportistas – e bonés. “É preciso ter em mente que o sol acelera o envelhecimento da pele porque oxida e destrói as células que dão a sua consistência e qualidade, daí o aparecimento de manchas e conseqüentemente da aparência envelhecida. Vale destacar também que, depois do sol, o cigarro é o maior inimigo da pele”, afirma Cristine Carvalho, que também é chefe do Departamento de Fototerapia do Curso de Pós-Graduação em Dermatologia da Fundação Pele Saudável, Instituto BWS.

Melhorando a aparência do pescoço

O tratamento do envelhecimento do pescoço, até poucos anos atrás, apresentava poucas opções. Hoje, além dos cremes e peelings, o rejuvenescimento do pescoço ganhou uma grande aliada: as injeções de toxina botulínica. “O alvo das injeções é o platisma, um músculo bilateral que desce da mandíbula até a saboneteira, a depressão cercada de ossos logo abaixo do pescoço. À medida em que a idade avança, o platisma salta à vista e ainda puxa mais para baixo a pele já flácida do contorno do rosto, formando a papada pregueada”, explica a dermatologista.

A aplicação de botox numa área triangular, bem no centro do músculo, faz com que ele relaxe. Sem tração, as pregas do pescoço se suavizam e a região logo abaixo da mandíbula se eleva. O tratamento vem sendo empregado como uma alternativa temporária à plástica tradicional. “O uso da toxina botulínica no pescoço é indicado para mulheres entre 35-65 anos que tenham a contração muscular da platisma bem delineada, algum grau de flacidez e linha horizontais em desenvolvimento. Não se deve utilizar esta substância para tratar o fotoenvelhecimento, a gordura localizada ou a flacidez excessiva nesta parte do corpo. Para estes últimos casos, podemos lançar mão de outros procedimentos, tais como o emprego do laser de CO2 fracionado, a luz intensa pulsada e a radiofrequência”, conta Cristine Carvalho.

“É muito importante dizer que o pescoço e o terço inferior do rosto são áreas muito delicadas, onde uma aplicação malfeita de toxina botulínica pode causar alterações da sensibilidade e problemas motores, como dificuldade de engolir, por exemplo. Sem falar no risco do rosto ficar mais puxado de um lado que do outro... É sempre bom ouvir muitos especialistas antes de decidir pelo tratamento”, alerta a diretora do CDE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário