segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Feto pode sofrer com o estresse maternal quando adolescente

O resultado foi associado a problemas de comportamento e doenças mentais nos filhos

Mãe estressada é sinal de apreensão dentro de casa. Quem convive com as mães sabe muito bem como é isso. Porém, uma pesquisa enfatiza ainda mais esse descontrole emocional quando se está grávida. É que o bebê no útero pode sofrer com o estresse maternal, levando a efeitos futuros na vida da criança.

A suposição desse acontecimento é de alemães que analisaram os genes de 25 mulheres e seus filhos – hoje com idades entre 10 e 19 anos. Uma parcela dos jovens teve alterações no gene receptor de glucocorticoide (GR), responsável por regular a resposta hormonal do organismo ao estresse.

Para a equipe da Universidade de Kontanz, na Alemanha, esse tipo de alteração genética tende a acontecer quando o bebê está se desenvolvendo, ainda no útero. O fato acontece porque as mães podem ter passado por um estado emocional ruim durante a gravidez. Algumas relataram momentos de agressões.

“A pesquisa destaca o quanto uma gravidez tranquila e saudável é importante para a gestante e também para o desenvolvimento do bebê, podendo até mesmo comprometer sua saúde mental”, enfatiza a psicóloga, tutora do Portal Educação, Denise Marcon.

O resultado de estresse foi associado pelos pesquisadores a problemas de comportamento e doenças mentais. Entretanto, os estudiosos ressaltaram que as circunstâncias das mulheres que participaram desse estudo eram excepcionais e que a maioria das grávidas não seria exposta a graus tão altos de estresse durante um período tão longo.

Foi enfatizado que o resultado não é conclusivo porque existem outros fatores, como o ambiente social em que a criança cresceu, que pode ter desempenhado um papel nos resultados. Mas os pesquisadores suspeitam que o útero tenha um papel crucial nesse desempenho emocional.

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