Após um ano de rompimento de testes com células-troco embrionárias, a empresa Geron Corp pode retornar o trabalho, isso porque a FDA (órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, similar à Anvisa) liberou o primeiro teste no mundo em seres humanos. As células-tronco embrionárias são consideradas as mais versáteis, pois transformam qualquer tipo de célula no corpo.
O recrutamento de pacientes deve começar em breve, serão dez em todo mundo |
Os experimentos foram cancelados após os testes em camundongos apresentarem cistos espinhais em alguns animais. Mas agora, a companhia diz que encontrou uma nova forma de testar sua terapia e que não viu cistos em um estudo separado com animais.
De acordo com o presidente da empresa, o recrutamento de pacientes deve começar antes mesmo do fim do mês de agosto. Cerca de dez pacientes devem ser inscritos para o experimento, em diferentes locais do país. A partir de agora a terapia se chamará GRNOPC1, os testes devem durar cerca de dois anos, e cada paciente deve ser estudado por um ano, mas podendo se estender quando o tratamento apresentar eficácia.
Segundo a divulgação, a terapêutica vai utilizar células chamadas oligodendrocyte progenitoras. Elas se transformam em oligodendrocytes, tipo de célula que produz mielina, capa que permite aos impulsos se moverem pelos nervos. E se funcionar todo o processo, as células progenitoras vão produzir novos oligodendrocytes na área afetada da espinha do paciente, potencialmente permitindo movimentos novamente.
A ciência acredita que o tratamento com as células-tronco embrionárias permitem o tratamento de muitas doenças, como cura para o diabetes, mal de Parkinson, paralisias e outras enfermidades, por isso essa pesquisa vem para somar ao estado clínico dos pacientes.
O farmacêutico, tutor do Portal Educação, Ronaldo de Jesus Costa, acredita que esse processo de autorização é mais uma etapa vencida para instituir tratamentos com células-tronco. “Controlar a capacidade de replicação de células-tronco não é tarefa fácil, sobretudo células embrionárias. Por isso, o acompanhamento dos pacientes deve ser muito minucioso”, conclui o tutor.
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