Por que hormônios bioidênticos são melhores para tratar a menopausa: Especialista explica que a dosagem é individualizada e traz menos riscos

 A menopausa não chega com data marcada. Mas quando surgem seus primeiros sinais, o corpo e a mente ficam diferentes. Ondas de calor, insônia, variações de humor e ciclos menstruais irregulares são alguns dos sintomas mais frequentes. E é por volta dos 35 e 40 anos que aparecem os primeiros déficits hormonais. Mas, afinal, qual o melhor tratamento para esta fase que assombra muitas mulheres?

Uma das principais vantagens da terapia de modulação hormonal com o uso de hormônios bioidênticos é a dosagem feita de forma individualizada para cada paciente. “Nesta terapia, a análise é feita de uma maneira que não é possível quando se utiliza medicamentos patenteados e padronizados pela indústria farmacêutica mundial”, diz Jacqueline Serra, pós­-graduada em medicina ortomolecular e antienvelhecimento, e com especialização em modulação hormonal.

“Os hormônios bioidênticos, como o nome já sugere, são produtos cuja estrutura molecular é biologicamente idêntica à que o nosso organismo produz, diferentemente dos hormônios sintéticos, que passam por um processo de modificação de sua estrutura química”, explica a médica. Ela lembra que a menopausa ocorre porque os ovários começam a não produzir mais os hormônios sexuais como estrogênio e progesterona, que são os responsáveis pelo desenvolvimento sexual e pelo ciclo menstrual.

O principal benefício do tratamento de modulação hormonal é a melhora geral no bem-estar da mulher, além de um efeito rápido no organismo. Em apenas trinta dias já pode-se notar os primeiros resultados. “Ela passa a ter mais disposição física e sua pele fica mais bonita. Além disso, o mau humor e as ondas de calor diminuem, sem contar que ocorre também uma grande melhora na sua libido”, diz a médica. A terapia também é indicada nos casos das mulheres que sofrem de incontinência urinária, pela baixa do hormônio estriol.
A terapia com hormônios bioidênticos pode ser realizada via oral, vaginal ou ainda por opções para absorção através da pele, como gel ou creme. Nos casos de mulheres que sofrem de problemas relacionados à depressão, a reposição deve ser feita apenas via vaginal, com o uso de óvulos (cápsulas) de progesterona.        
Em relação aos efeitos colaterais da terapia de modulação hormonal – como o risco do câncer de mama -  a médica diz que  uso de substâncias bioidênticas e com dosagem otimizada tende a reduzir esta pré-disposição, conforme estudos clínicos demonstram.  No entanto, a terapia de modulação hormonal é contra-indicada nos casos de câncer de mama e do endométrio. Mulheres com alterações hereditárias na coagulação – podem causar trombose venosa – também não devem receber estrogênios.
Imagem: amminopurr