Quem tem problemas ortodônticos e quer ter dentes retos e uma boca com ótima arcada dentária é necessário passar meses utilizando o aparelho fixo. Dependendo dos casos, a espera pode durar anos, mas vale a pena devido aos resultados que se pode alcançar. Quando finalmente chega o dia de retirar o aparelho ortodôntico, muitos desconhecem a fase mais importante para garantir um bom resultado, que é a contenção ortodôntica e o aparelho móvel de contenção.
Se o paciente retira o aparelho dentário e depois não usa a barra de contenção fixa, poderá perder parte dos resultados obtidos após o tratamento. Os dentes e as estruturas faciais envelhecem, assim como o corpo muda com a idade. Depois da retirada do aparelho, os ossos dos maxilares, os lábios, as bochechas e a língua precisam se adaptar à nova posição dos dentes, a contenção ajuda a tentar manter o alinhamento e a oclusão dos dentes.
“Assim como um cuidado especial é dado diariamente aos cabelos, unhas, corpo, se você quiser manter um sorriso jovial é bom não esquecer de usar sua contenção. Os pacientes devem estar cientes que, mesmo usando as contenções, os dentes ainda assim podem mudar de posição”, previne o mestre e doutor em ortodontia, dr. Cássio Selaimen. Pessoas que respiram pela boca, com hábitos ruins de morder, perda de estrutura óssea na menopausa, osteoporose, ou periodontite, têm tendências a maior movimentações nos dentes.
A contenção ortodôntica é essencial, pois ajuda a estabilizar, ou amenizar, as consequências do envelhecimento facial que se refletem na posição dos dentes. Segundo o ortodontista, os dentes, os tecidos e os ossos a quem estão suportados estão sempre em movimento. Após o uso do aparelho ortodôntico, é imprescindível a utilização da contenção por tempo indeterminado. “Sua estrutura óssea está sempre se remodelando, este processo é denominado tum over”, explica o especialista.
De acordo com dr. Cássio, a boa higienização é uma dificuldade para quem usa a contenção. O profissional deve orientar com instruções e treinamento para facilitar. A estudante de biologia molecular Maria Laura Halon, 22 anos, usa contenção e concorda. Ela está com o artefato há seis anos após ter utilizado aparelho fixo por dois anos e meio. "No início, foi ruim, pois fica uma saliência áspera sempre em contato direto com a língua, mas depois vira costume", diz. Laura afirma que não há mudanças no estilo de vida nem no tipo de alimentação, mas por ser uma contenção “reta”, a utilização do fio-dental fica realmente difícil, o que pode facilitar a formação de tártaro.
Para superar esse problema, ela faz uma limpeza geral a cada seis meses. "Isso vai acabar quando eu fizer a troca da contenção para uma em 'zigue-zague', que deixa uma abertura entre os dentes, possibilitando o uso do fio-dental", completa a estudante.
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