quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Diagnóstico de transtorno neuropsiquiátricos ganha precisão com a medicina nuclear

Não é necessário entender muito de medicina para saber que a febre pode sinalizar várias doenças. Na área de neuropsiquiatria não é diferente: fobias, ansiedades e alterações de humor podem se manifestar em mais de um quadro patológico, o que exige avaliação clínica criteriosa do especialista, em cada caso.

Dr. Marcelo Gomes
No entanto, cada vez mais neurologistas e psiquiatras recorrem à medicina nuclear para diagnosticar seus pacientes com maior precisão e segurança. O médico nuclear Marcelo Gomes, do Grupo Núcleos, explica que transtornos psiquiátricos de comportamento ou demências são melhor avaliados atualmente graças à cintilografia de perfusão cerebral, por SPECT ou PET.

“Esse tipo de exame por imagem avalia o metabolismo e o fluxo sanguíneo cerebral regional e, por isso, permite diagnósticos diferenciais mais precisos e precoces em comparação a outros métodos que mostram apenas alterações estruturais”, explica o especialista. “De acordo com os padrões encontrados em cada exame, podemos diferenciar doenças como Mal de Alzheimer da Doença de Pick, ou depressão dos transtornos de bipolaridade, por exemplo”, descreve.

O SPECT cerebral também é utilizado na avaliação e no seguimento desses distúrbios neuropsiquiátricos. “A interface entre as duas especialidades contribui para avaliar a resposta do paciente ao tratamento, que pode ser alterado de acordo com os resultados observados”, destaca. Outra aplicação se dá durante o acompanhamento de pacientes em tratamento por drogadição. “Podemos avaliar a melhora do padrão perfusional cerebral após a interrupção do uso de drogas, o que é vital para a evolução e o restabelecimento da saúde”.

Uma área promissora - A cintilografia de perfusão cerebral começou a se desenvolver mais intensamente quando foram descobertas substâncias capazes de atravessar a barreira hematoencefálica – membrana que envolve o encéfalo e impede a entrada de substâncias tóxicas presentes no organismo. “A partir disso, foi possível o desenvolvimento de traçadores radioativos para avaliar os níveis de atividade cerebral”, explica.

Recentemente, o diagnóstico por imagem vem se firmando como um método seguro e confiável no suporte às diversas especialidades médicas. “Pelos resultados apresentados, a cintilografia de perfusão cerebral ganha cada vez mais respaldo e confiança no meio médico e está em franca expansão dentro da medicina nuclear”, vislumbra Dr. Marcelo Gomes.

Daniela Maia
AthenaPress
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