O Olho Seco é a segunda maior causa de atendimento nos consultórios oftalmológicos e especialistas alertam para o tratamento correto que evitam lesões que podem gerar desconforto e baixa visão
O Clima seco, baixa umidade do ar, sol e poluição podem agravar várias doenças típicas da época, dentre elas, a Síndrome do Olho Seco, que afeta cerca de 10% da população adulta em todo o mundo e muitas delas sofrem desnecessariamente porque não sabem que o problema tem tratamento. Olho Seco é a segunda maior causa de atendimento nos consultórios oftalmológicos, depois de refração, e quando não diagnosticada e corretamente tratada, pode evoluir para lesão da superfície ocular e, em alguns casos, até à perda da visão.
O olho seco é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima. Os sintomas são de ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente do computador e olhos embaçados ao final do dia.
No Brasil, estima-se que cerca de 18 milhões de pessoas sofrem com a doença. A doença está relacionada à exposição a determinadas condições do meio ambiente (poluição, computador), idade avançada, menopausa nas mulheres, medicamentos (anti-histamínicos, anti-hipertensivos, anti-depressivos), uso incorreto de lentes de contato, trauma (queimaduras térmica e química), doenças reumatológicas, e outras doenças do sistema imunológico (Penfigóide, síndrome de Stevens-Johnson).
Embora pareça um aborrecimento menor, a Síndrome do Olho Seco é potencialmente séria, pois pode causar processo inflamatório crônico perpetuando a falha da lubrificação pelos componentes da lágrima, essencial para a manutenção da vitalidade das células da superfície ocular. Este distúrbio pode produzir áreas secas sobre a conjuntiva e córnea, o que facilita o aparecimento de lesões.
Existe no Brasil uma associação, a APOS, Associação dos Portadores de Olho Seco, que oferecer apoio, educação e informação a todos os familiares e pacientes com Olho Seco.
Porta-Voz: José Álvaro Pereira Gomes*
Dr. José Álvaro Pereira Gomes é médico oftalmologista, professor da UNIFESP/EPM e Presidente científico da APOS, Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco
No Brasil, estima-se que cerca de 18 milhões de pessoas sofrem com a doença.
A APOS, Associação dos Portadores de Olho Seco, existe desde 2004 para oferecer apoio, educação e informação a todos os familiares e pacientes com Olho Seco. É uma organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos e independente. Funciona à Rua Tamandaré, 693, 1º andar - Liberdade, São Paulo, telefone (11) 3208-8727, e-mail apos@apos.org.br e site http://www.apos.org.br/
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