Boa notícia aos familiares dos portadores de Alzheimer. Cientistas britânicos disseram ter descoberto uma forma para verificar se um paciente terá a doença anos antes dos primeiros sintomas se manifestarem.
O resultado é apresentado em exame de punção lombar combinado a uma ressonância magnética do cérebro, exames esses que poderiam identificar pacientes com os primeiros sinais de demência, segundo os pesquisadores.
Mais de 20 milhões de pessoas são portadoras do Alzheimer em todo mundo |
“O diagnóstico precoce é fundamental para uma terapêutica bem-sucedida, portanto esses testes irão contribuir de forma significativa para o tratamento destes pacientes”, destaca o tutor do Portal Educação, enfermeiro Alisson Daniel.
A doença ataca normalmente as pessoas com maior idade e atualmente não tem cura e inexiste exame para a detecção do Alzheimer. Mais de 20 milhões de pessoas são portadoras da doença em todo mundo.
O estudo sobre o resultado positivo da pulsão foi testado por pesquisadores do Instituto de Neurologia da University College London. Cerca de 105 voluntários saudáveis foram submetidos aos exames de punção lombar e ressonância do cérebro.
Segundo cientistas, os cérebros dos indivíduos com baixos níveis de amiloide no líquido cérebro-espinhal (38%) encolhiam duas vezes mais rápido que os cérebros dos demais. Dos quais, tinham cinco vezes mais chances de possuírem o gene de risco APOE4 e de terem níveis altos de outra proteína, chamada tau, que costuma ser associada ao Alzheimer.
“Dessa vez a possibilidade de resolver esse problema é muito grande, porém, como os testes foram realizados em 105 voluntários sadios, de idade não avançada, e o início mais comum da doença ocorre após os 60 anos, será necessário um tempo considerável para comprovar a eficácia do teste, mas a redução da proteína amiloide e do volume do cérebro, hipocampo e região ventricular são sinais muito consistentes com o aparecimento da doença”, explica Ronaldo de Jesus Costa, farmacêutico e tutor do Portal Educação.
“Estamos de mãos atadas por nossa incapacidade de detectar Alzheimer com precisão, mas essas descobertas podem ser fundamentais”, salienta Rebecca Wood, do Alzheimer's Research Trust.
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