quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Má alimentação não é a única vilã, alguns medicamentos podem elevar ao aumento da taxa de colesterol

Segunda-feira (08.08) marcou a passagem do Dia Nacional de Controle do Colesterol. A data é válida, especialmente porque traz à tona uma reflexão sobre os inimigos da saúde e os riscos das taxas que extrapolam as referências. “O colesterol elevado é a principal causa de doenças cardiovasculares, que, por sua vez, lideram o ranking de mortalidade no Brasil e no mundo. Como exemplos, podemos destacar o infarto e o acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame”, explica Dr. Hélio Bezerra, cardiologista do Hospital Anchieta (DF). 

Embora o problema esteja em pauta, especialmente com recente pesquisa  divulgada pelo IBGE que constatou que mais de 80% dos brasileiros consomem alimentos não recomendados para uma boa saúde, o risco de alteração do colesterol devido ao uso de medicamentos sem acompanhamento adequado ainda precisa ser difundido junto à população. “Os remédios que mais se relacionam ao aumento da taxa são aparentemente inocentes. São os diuréticos, os anticoncepcionais e os corticosteróides - drogas antiinflamatórias”, esclarece o especialista. Segundo ele, pessoas que sofrem de dislipidemia – alteração na concentração de lipídeos, como colesterol e triglicérides - devem ter cuidado redobrado ao utilizar essas e outras drogas. “Esses pacientes demandam acompanhamento médico periódico”, afirma Dr. Hélio.
Além do uso das medicações citadas, o aumento das taxas de colesterol está usualmente ligado ao estilo de vida, especialmente o observado nos centros urbanos. Indivíduos sedentários, obesos, tabagistas e aqueles que não adotam uma alimentação balanceada estão na linha de risco. “Cabe destacar que há também doenças que ocasionam a elevação, como diabetes, alcoolismo, problemas renais e da tireóide”, explica o cardiologista. 

Bom e Ruim – Engana-se que vê o colesterol apenas como vilão. Na verdade, trata-se de uma gordura muito importante para o funcionamento do organismo. Há dois tipos: o HDL, que protege o organismo, e LDL, chamado de colesterol ruim, é responsável pela formação de placas que obstruem as artérias.

“As recomendações para quem deseja manter o nível adequado de colesterol são as mesmas para quem quer viver bem e muito: não ingerir alimentos de origem animal em excesso, realizar atividade física com regularidade, manter-se dentro da faixa de peso ideal e não fumar. Em alguns casos, a taxa permanece alta. Para esses, é necessário o uso de medicação específica”, esclarece Dr. Hélio. Como o colesterol elevado não produz sinais ou sintomas, a visita anual ao médico é o único caminho para a detecção precoce. “Um simples exame de sangue indica a situação do paciente e possibilita a minimização dos riscos”, conclui o cardiologista

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