segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Escovas elétricas não fazem tudo sozinhas

Na hora de fazer a higiene bucal, devemos estar atentos à técnica utilizada e a escova dental mais apropriada para cada paciente

As escovas elétricas foram criadas para facilitar a escovação, principalmente daqueles que possuem dificuldades de coordenação motora. Entretanto, não devemos esquecer que dependemos não só de uma boa escova de dentes, mas também da técnica de escovação adequada, e de outras ferramentas importantes, como o fio dental e escovas mais específicas (interdentais, unitufo, etc).

Segundo A Dra. Maristela Lobo, o que de fato importa é a eficiência na remoção da placa bacteriana, a qual adere à superfície dos dentes, gengivas e língua, independentemente da escova dental utilizada. Cabe ao dentista aconselhar o seu paciente sobre qual é a melhor escova para alcançar esse objetivo sem provocar prejuízos à saúde dos tecidos bucais.

Geralmente, as crianças e os idosos, que possuem limitações motoras, podem optar por escovas de dentes elétricas. Essas escovas facilitam a higiene bucal nesses casos especificados, uma vez que vibram e rodam as cerdas, desorganizando a placa bacteriana. Porém, a higiene será deficiente se a escova elétrica não for posicionada adequadamente sobre dentes, língua e gengivas e não permanecer o tempo adequado para a remoção das bactérias.

Embora o objetivo das escovas elétricas e manuais seja o mesmo, o processo de escovação é diferente, “A escova manual exige a técnica de movimentação manual, que deve ser feita pelo próprio paciente. Já a escova elétrica, por rodar e vibrar exige menos coordenação motora por parte do paciente.”, detalha a mestre em cariologia e especialista em periodontia, Dra. Maristela Lobo.

Existem escovas que podem atingir A velocidade de até 6.800 oscilações, “Entretanto, o que pode causar danos à gengiva e ao esmalte dos dentes são as escovas de cerdas duras, e o excesso de força aplicada durante a escovação.”, declara Maristela. Por essa razão, as pessoas devem optar por escovas que possuem uma boa tecnologia de cerdas: grande quantidade de tufos, extremidades arredondadas, maciez e durabilidade.

É necessário ficar atento ao prazo de validade da escova, que geralmente deve durar no máximo 2 meses. No entanto, essa durabilidade pode variar entre os usuários, e a escova deverá ser trocada no momento em que a cerda estiver começando a se deformar. “Para alguns, isso pode acontecer na primeira semana e sinaliza o excesso de pressão aplicada durante a escovação de seus dentes.”, alerta a especialista.

Muitos acreditam que essa escovação traumática pode causar hipersensibilidade dos dentes. “A escovação traumática pode resultar na abrasão do esmalte e na exposição da dentina (parte enervada do dente), gerando dor e desconforto do paciente diante de um estímulo físico, como o frio e o contato com os alimentos doces, por exemplo.” alerta a Dra. Maristela Lobo. Por esse motivo, devemos nos atentar para a forma como escovamos nossos dentes e procurar orientações mais específicas, dadas por um especialista.

A especialista:
Dra. Maristela Lobo
Mestre em Odontologia, Doutora em Clínica Odontologia, Especialista em Periodontia, Professora dos Cursos de Pós - graduação em Odontologia Estética e implantes no SENAC – SP, Tem residência em Harvard.
Site: www.maristelalobo.com.br

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