segunda-feira, 14 de março de 2011

Pirataria Farmacêutica: Remédios para Impotência Lideram Ranking no Brasil

Dr. Rogério Vitiver, urologista
Os dados são surpreendentes: 70% dos homens que adquirem as famosas pílulas para impotência o fazem por conta própria, sem criteriosa avaliação médica. O remédio, que exige prescrição, é vendido pela internet e em drogarias clandestinas. Mais grave ainda é o fato de boa parte ser falsificada, resultado da pirataria em um campo altamente lucrativo.

Para o urologista Rogério Vitiver, da Clínica Miletto - em Brasília, o constrangimento e a desinformação fazem com que muitos homens deixem de buscar um especialista e optem pela indicação de amigos. “As medicações obtidas de maneira ilícita implicam em uma série de riscos. Quando falsificados podem não apresentar segurança quanto à composição e à dosagem. Com isso, os efeitos colaterais são imprevisíveis. E, embora não causem dependência física, podem gerar falsa expectativa de desempenho, ou seja, desencadear a dependência psicológica” alerta.

O especialista vai além: “Caso o remédio não seja falsificado, os riscos não são eliminados. Drogas contra a impotência apresentam contra-indicação no caso de pacientes que fazem uso concomitante de nitrato, prescrito para tratamento de distúrbios coronarianos. Nesse caso, alterações que vão de moderadas a gravíssimas podem ser desencadeadas”.

A disfunção erétil é sintoma, significa que algo não funciona adequadamente e isso pode se dar nos âmbitos físico e psíquico. Diabetes, problemas vasculares, hipertensão arterial, alterações hormonais, alcoolismo, tabagismo e distúrbios de ansiedade e depressão são alguns dos fatores por trás do quadro. “Ao experimentar situações de impotência, o primeiro passo é buscar um urologista. Além da avaliação clínica, são realizados exames complementares para um diagnóstico preciso e terapêutica segura e adequada”, conclui o médico.

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