A equipe médica trabalhou no isolamento das propriedades anticancerígenas da droga
A droga mais comum de ser encontrada em festas raves agora poderá ter outro destino. Cientistas estão trabalhando com o ecstasy para tratar o câncer no sangue. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Birmingham, no centro da Inglaterra, foram modificadas as formas da droga, intensificando em 100 vezes sua capacidade de destruir células cancerosas.
Pesquisando há mais de seis anos o efeito das drogas no tratamento de câncer os cientistas descobriram que os carcinomas que afetam os glóbulos brancos do sangue parecem responder a certas drogas psicotrópicas. Destaque para as pílulas de emagrecimento, antidepressivos da família do Prozac e derivados da anfetamina, como o MDMA, conhecido popularmente como ecstasy.
Como a descoberta apontou que a dose de MDMA requerida para tratar um tumor poderia ser fatal, a equipe médica trabalhou no isolamento das propriedades anticancerígenas da droga e obteve bons resultados. Agora a pesquisa terá como foco conseguir que as moléculas de MDMA penetrem nas paredes das células cancerosas mais facilmente.
Para o farmacêutico, tutor do Portal Educação, Ronaldo de Jesus Costa, a pesquisa dos cientistas é uma descoberta importante para o tratamento da leucemia. “Porém, foi muito bem destacado que a dose necessária para o tratamento pode levar o paciente à morte e por isso o tratamento não é com ecstasy, mas com uma estrutura modificada. Assim, não se trata de tratar câncer com droga ilícita, mas de utilizar uma versão aprimorada da substância”, disse Costa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário