quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Jejum – Por que ficar longos períodos sem comer prejudica a saúde?


Longos períodos em jejum “estressam” o organismo alterando todo o metabolismo. Neste estado o organismo entende que há uma falta de nutrientes e por isso diminui o ritmo para poupar energia. Com isso altera alguns processos e armazena tudo que pode em forma de gordura (tecido adiposo).

Já para o cérebro é um pouco mais complexo. O cérebro é um órgão seletivo, ou seja, seleciona somente um tipo de nutriente para captar energia. Este nutriente é a glicose, vinda do carboidrato. A falta deste nutriente para o cérebro é extremamente danoso, pois também altera suas funções para tentar trabalhar com o que tem. Isso pode desencadear fortes dores de cabeça e, em longo prazo, déficit no raciocínio.

A alimentação equilibrada está diretamente ligada com o funcionamento cardiorrespiratório, o que contribui para uma melhor oxigenação cerebral e, consequentemente, uma melhora da memória. O cérebro é um sistema muito exigente e só funciona em perfeita sintonia com a energia vinda da glicose (carboidratos). 

Por isso a famosa tática de comer chocolate nos momentos de estresse. O chocolate é um dos alimentos que aumentam os níveis de triptofano, um aminoácido que é convertido em serotonina, um neurotransmissor bastante conhecido pela sua propriedade calmante. Porém, nem tudo é perfeito, pois o chocolate (em excesso) também aumenta os níveis de insulina no sangue, fazendo com que outras células do organismo também utilizem a glicose competindo com o cérebro. Com a alimentação inadequada nosso organismo fica em guerra para conseguir pegar energia.

Escolher alimentos saudáveis, que possam repor as energias, vitaminas e minerais e, respeitar os horários das refeições, evitando jejum prolongado faz parte de uma alimentação saudável. O ideal é se alimentar de três em três horas para que o organismo se adapte e funcione em perfeita sintonia, sempre com oferta de nutrientes.

Essas refeições devem ser divididas em pequenas refeições (lanche da manhã, lanche da tarde e ceia) e grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar). As quantidades de alimentos a serem consumidos nessas refeições é de suma importância e, associado a qualidade desses alimentos, determinará o equilíbrio nessa alimentação.

A qualidade daquilo que se come e se bebe é de importância fundamental para a saúde e para as possibilidades de se desfrutar todas as fases da vida de forma produtiva e ativa, longa e saudável. Por isso é fundamental que a alimentação saudável se torne um hábito!

Fonte: Nutricionista do Hospital Samaritano de São Paulo, Weruska Barrios

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