Dr. Valter Claudino |
Popularmente conhecida como “pelada”, a queda de cabelos em qualquer
parte do corpo é chamada de alopecia e quando no couro cabeludo de
alopecia areata. Pode atingir homens e mulheres, em diversas idades.
Normalmente gera graves consequências emocionais, já que altera a
aparência, o que pode causar um grande impacto sobre a autoestima,
alerta o dermatologista, Valter Claudino, do Hospital e Maternidade
Beneficência Portuguesa de Santo André.
A doença tem causa
desconhecida, mas acredita-se que esteja ligada a alterações hormonais,
má alimentação, hereditariedade, fenômenos autoimunes, causas
patológicas e principalmente o estresse. Alguns agentes externos também
podem contribuir como, por exemplo, poluição, produtos químicos,
tinturas, cremes, secadores de cabelo, entre outros
A alopecia
caracteriza-se pela queda repentina dos pêlos nas áreas afetadas, sem
alteração da superfície cutânea. Pode atingir o couro cabeludo e outras
regiões como a área da barba, supercílios, cílios ou qualquer outra
região. Normalmente a queda não apresenta sintomas, porém queimação e
coceiras locais podem ocorrer. É uma doença benigna, que pode provocar
problemas psicológicos, além da baixa autoestima.
Segundo o
dermatologista a doença ocorre a partir de alterações no folículo
piloso, se forem transitórias e não destruírem a matriz capilar,
ocorrerá novo crescimento de cabelos, porém se provocarem a destruição
da matriz capilar, podem surgir escaras o que produzirá a alopecia
permanente. “Cerca de 2% da população é atingida, nos mais diversos
grupos raciais. Pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos
os pacientes tenham menos de 20 anos”, explica.
É importante
ressaltar que a perda generalizada de cabelo é normal nas pessoas mais
idosas, além disso, pode ocorrer temporariamente após uma gravidez e
ser um efeito secundário da quimioterapia. Outras causas do
enfraquecimento do cabelo são doenças graves, estresse e subnutrição.
Após análise do local afetado, em alguns casos o médico poderá
solicitar biopsias. Os tipos de tratamento são os mais diversos e
dependerá das características clínicas de cada caso. Normalmente são
utilizadas medicações de uso local ou sistêmico. O auxilio psicológico
deverá ser recomendado.
“No geral o uso de bonés deve ser
controlado. Quem possui a patologia não deve fazer uso deles em razão
do aquecimento e abafamento que causam, pois podem agravar ainda mais o
problema”, orienta.
Com o tratamento o cabelo volta a crescer
após cerca de seis meses, nesta fase ele geralmente será branco e fino,
mas com o tempo adquire cor e consistências normais. Em casos raros a
alopecia areata poderá tornar-se crônica chegando a uma alopecia total
ou mesmo universal.
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