sábado, 3 de março de 2012

Especialista alerta que a queda de cabelos pode gerar problemas emocionais


Dr. Valter Claudino

Popularmente conhecida como “pelada”, a queda de cabelos em qualquer parte do corpo é chamada de alopecia e quando no couro cabeludo de alopecia areata. Pode atingir homens e mulheres, em diversas idades. Normalmente gera graves consequências emocionais, já que altera a aparência, o que pode causar um grande impacto sobre a autoestima, alerta o dermatologista, Valter Claudino, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André.

A doença tem causa desconhecida, mas acredita-se que esteja ligada a alterações hormonais, má alimentação, hereditariedade, fenômenos autoimunes, causas patológicas e principalmente o estresse. Alguns agentes externos também podem contribuir como, por exemplo, poluição, produtos químicos, tinturas, cremes, secadores de cabelo, entre outros
 A alopecia caracteriza-se pela queda repentina dos pêlos nas áreas afetadas, sem alteração da superfície cutânea. Pode atingir o couro cabeludo e outras regiões como a área da barba, supercílios, cílios ou qualquer outra região. Normalmente a queda não apresenta sintomas, porém queimação e coceiras locais podem ocorrer. É uma doença benigna, que pode provocar problemas psicológicos, além da baixa autoestima.

Segundo o dermatologista a doença ocorre a partir de alterações no folículo piloso, se forem transitórias e não destruírem a matriz capilar, ocorrerá novo crescimento de cabelos, porém se provocarem a destruição da matriz capilar, podem surgir escaras o que produzirá a alopecia permanente. “Cerca de 2% da população é atingida, nos mais diversos grupos raciais. Pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos os pacientes tenham menos de 20 anos”, explica.

É importante ressaltar que a perda generalizada de cabelo é normal nas pessoas mais idosas, além disso, pode ocorrer temporariamente após uma gravidez e ser um efeito secundário da quimioterapia. Outras causas do enfraquecimento do cabelo são doenças graves, estresse e subnutrição.

Após análise do local afetado, em alguns casos o médico poderá solicitar biopsias. Os tipos de tratamento são os mais diversos e dependerá das características clínicas de cada caso. Normalmente são utilizadas medicações de uso local ou sistêmico. O auxilio psicológico deverá ser recomendado.

“No geral o uso de bonés deve ser controlado. Quem possui a patologia não deve fazer uso deles em razão do aquecimento e abafamento que causam, pois podem agravar ainda mais o problema”, orienta.

Com o tratamento o cabelo volta a crescer após cerca de seis meses, nesta fase ele geralmente será branco e fino, mas com o tempo adquire cor e consistências normais. Em casos raros a alopecia areata poderá tornar-se crônica chegando a uma alopecia total ou mesmo universal.

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